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Composto do vinho pode impedir a síndrome do ovário policístico, segundo estudo

26 de outubro de 2016

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Já sabemos que o vinho traz muitos benefícios à saúde, desde prevenção contra o câncer até a perda de peso. A mais nova descoberta dos cientistas é que descobriram que uma substância encontrada na bebida pode impedir que mulheres desenvolvam a síndrome do ovário policístico (SOP).

Essa doença é uma das principais causas de infertilidade nas mulheres e isso acontece quando os níveis de hormônios esteroides, como a testosterona, estão altos e causam a formação de cistos. Os sintomas mais comuns são ganho de peso, excesso de pelos no rosto, acne e até ausência do período menstrual.

Esse estudo feito por pesquisadores da Polônia e dos Estados Unidos revelou que um composto natural do vinho tinto, chamado de resveratrol, pode reduzir a quantidade desses hormônios no organismo. Essa substância, encontrada na casca de uvas e em nozes, é conhecida por ter propriedades anti-inflamatórias.

O estudo foi realizado com 30 mulheres que tinham o problema de ovários policísticos. Elas foram divididas em dois grupos: um tomou suplementos que continham 1.500 miligramas de resveratrol e o outro recebeu pílulas de placebo.

As participantes tomaram os comprimidos diariamente durante três meses e doaram amostras de sangue no início e no final do estudo. Além disso, elas receberam um teste de tolerância à glicose para medir o risco de diabetes.

Os resultados surpreenderam os pesquisadores. Os níveis de testosterona das mulheres que tomaram o resveratrol caíram em 23,1%, enquanto aumentaram em 2,9% no caso das voluntárias que receberam placebo.

Os níveis de sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEAS), outro hormônio que o corpo pode converter em testosterona, também tiveram um declínio de 22,2% no grupo das mulheres que tomaram o suplemento. Já as participantes que ganharam a pílula de placebo tiveram um aumento de 10,5% na quantidade de DHEAS em seu sangue.

Houve também uma redução no risco de diabetes entre as mulheres que tomaram o resveratrol. Elas se tornaram mais sensíveis à insulina, sendo que os níveis desse hormônio em seu sangue caíram 31,8%.

Apesar de interessantes, ambas as pesquisas não afirmam que uma taça de vinho por dia irá aumentar seu tempo de vida ou proteger as mulheres contra as doenças. Isso porque, o resveratrol é encontrado em baixas quantidades na bebida. Para chegar a uma quantidade de duas pílulas de 250 miligramas da substância, seria preciso beber mais de mil garrafas de vinho tinto por dia.

Segundo um artigo publicado no site The Conversation e escrito por Lindsay Wu, professor da University of New South Wales, na Austrália, um medicamento feito à base de resveratrol ainda não é vendido, pois quando o composto é ingerido, o fígado o degrada rapidamente. Assim, apenas uma quantidade pequena é distribuída pelos tecidos, causando pouco efeito.

Para ter algum efeito, a substância teria de ser administrada em doses elevadas. No entanto, uma grande quantia de resveratrol pode causar problemas intestinais, como diarreia.




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